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Largo das Pimenteiras

Região de Lisboa e Vale do Tejo, Lisboa, Lisboa, Carnide
Início: Avenida do Colégio Militar
Fim: Rua da Fonte

O Largo das Pimenteiras fazia parte da antiga Quinta da Luz, localizada na Azinhaga da Fonte, até que a família Caupers aí mandou construir casa, em meados do século XVIII.

Aspeto geral do largo

Em 1748, o lugar era já conhecido como Largo das Piçarras. Esta designação, relativa à qualidade do terreno, de piçarra, isto é, “espécie de Cascalho, ou camas de terra, incorporada com area & pedregulho” (Bluteau, 1720, p. 498). Em 1860, Pedro Caupers mandou arborizar o largo com pimenteiras, o que levou à implementação do atual topónimo, o qual, embora apareça já na Planta Topográfica de Lisboa de 1908, de Júlio Silva Pinto, só foi oficializado por Edital da Câmara Municipal de Lisboa, de 19 de julho de 1919. Embora, entretanto, tenham sido arrancadas, as pimenteiras foram novamente plantadas.
Em 1979, o Palácio da Quinta do Caupers, atualmente conhecido pelo nome Quinta da Luz, foi doado à Câmara Municipal de Lisboa pelo Engenheiro Street de Arriaga e Cunha (Conde de Carnide), sendo, atualmente, sede da Junta de Freguesia de Carnide.

Fontes:
Bluteau, R. (1720). Vocabulario portuguez e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico … autorizado com exemplos dos melhores escritores portuguezes, e latinos (v. 6). Coimbra: Na Officina de Pascoal da Sylva.
Calado, M., & Ferreira, V. M. (1993). Lisboa: Freguesia de Carnide. Lisboa: Contexto.
Câmara Municipal de Lisboa. (2016). Toponímia. Câmara Municipal de Lisboa (sítio institucional). Acedido em http://www.cm-lisboa.pt/toponimia
Carvalho, J. da S. (1987). Carnide e o seu património edificado: Um percurso. Carnide: Junta de Freguesia.
Consiglieri, C. (1993). Pelas freguesias de Lisboa (v. 1): O termo de Lisboa: Benfica, Carnide, Ameixoeira, Charneca, Lumiar. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa, Pelouro da Educação.
Pereira, G. (1902). Lisboa e arredores: Inquirições do reinado de D. Afonso 3º. Lisboa: Typ. Lallemant.
Pereira, J. B. (1914). Memórias de Carnide. O Instituto: Revista Scientifica e Literaria, 61(7), 337-353.

Autores: Adriana Real, André Cunha, Inês Neto, Joana Garcia
Data: 2016