Região de Lisboa e Vale do Tejo, Lisboa, Lisboa, Carnide
Início: Estrada do Paço Lumiar e Azinhaga das Carmelitas
Fim: Estrada da Luz
O topónimo deriva da invocação a Nossa Senhora da Luz, cuja igreja, convento anexo e hospital enquadravam o terreiro que acolhia as peregrinações religiosas que aí tinham lugar desde a Idade Média. Em 1862, a edilidade de Belém, a que pertencia e que mandou edificar o jardim, conferiu-lhe a designação de Praça de Nossa Senhora da Luz, embora, no século XVIII, fosse conhecido por “Alameda”. Foi integrado no concelho de Lisboa em 22 de julho de 1886.

Não obstante ser “uma das mais vastas e regulares das que se encontram no proprio recinto da capital e única em seus arrabaldes” (Pereira, 1914, p. 340), o recinto, atravessado por uma vala, foi, até meados do século XIX, ocupado por eiras, onde os camponeses da Luz e de Carnide debulhavam e limpavam os cereais. D. Pedro III, a instâncias das Carmelitas, mandara abrir aí um poço para abastecer de água a população local.
O largo é delimitado por importantes edifícios com valor patrimonial e histórico: a norte, o Convento de São João da Cruz; a ocidente, a igreja e o convento de Nossa Senhora da Luz; a sul, o hospital de Nossa Senhora da Luz, onde atualmente se encontra o Colégio Militar; a oriente, o palácio neoclássico, mandado construir para residência do capitalista Jacinto José de Oliveira e onde, hoje, está instalado o Seminário Franciscano.

A parte central do largo é ocupada pelo Jardim Teixeira Rebelo, em homenagem ao marechal fundador e primeiro diretor do Colégio Militar. O jardim é também conhecido como jardim da Luz. Desde o século XIX, faz-se aqui a Feira da Luz.
Fontes:
Câmara Municipal de Lisboa. (2016). Toponímia. Câmara Municipal de Lisboa (sítio institucional). Acedido em http://www.cm-lisboa.pt/toponimia
Pereira, J. B. (1914). Memórias de Carnide. O Instituto: Revista Scientifica e Literaria, 61(7), 337-353.
Autoria: projeto e-Carnide
Data: 2016