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Azinhaga Escura

Região de Lisboa e Vale do Tejo, Lisboa, Lisboa, Carnide
Início: Rua Rio Cávado
Fim: Rua Rio Cávado

O topónimo poderá derivar do aspeto escuro da via que se desenvolve num traçado em L, atualmente, ladeada sobretudo por canaviais e pelos muros do Metro de Lisboa.
Por antonímia e segundo a Senhora D. Clementina Teixeira Costa, havia nesta azinhaga a Casa Branca, simultaneamente, mercearia e taberna, onde não era comum a entrada de mulheres, tendo, por isso, duas entradas diferentes. A mercearia encerrava aos domingos e, muitas vezes, entravam às escondidas na taberna para ir buscar alimentos e utensílios à mercearia. Lembra, ainda, que utilizava a Azinhaga Escura para ir para casa e refere que era assustador devido à escuridão, daí o nome, e aos caniços. Lembra que, à noite, nesta azinhaga, existiam pirilampos e confessa que só a atravessava quando ia acompanhada. O inverno era a estação mais difícil de atravessar devido à água suja. E conclui: “O vosso trabalho é muito interessante, ir buscar coisas antigas… revivê-las… e não deixar perder no tempo”.

Fontes:
Costa, C. M. (2015, out.). Entrevista à Senhora D. Clementina Teixeira Costa / Entrevistador Diogo Madruga. Projeto e-Carnide, Universidade Europeia, Lisboa.

Autores: Diogo Madruga, Edna Manuel, Gonçalo Guerreiro, Guilherme Apolinário
Data: 2016